Programação dia 29/10 - Terça-Feira, 09:00 às 11:00

09:00 - Abertura
Marina Kobayashi, Gerente de Inovação da ABIHPEC
Adelino Nakano, Líder Sênior de Projetos em Tecnologia de Coloração na L'Oréal França

09:10 - Ciência dos cachos - Do conhecimento às soluções personalizadas 
Ronak Rughani,  Chefe de Ciência e Tecnologias Capilares da L'Oreal EUA
A base de consumidores de cabelo encaracolado registra um rápido crescimento, mas o mercado esforça-se por satisfazer as suas necessidades únicas com ofertas de produtos limitadas. Para inovar verdadeiramente neste espaço, é crucial compreender as diferenças fundamentais nas propriedades estruturais e morfológicas entre o cabelo encaracolado e o cabelo liso. Esta apresentação aprofunda estas distinções, ilustrando porque o cabelo encaracolado requer uma abordagem personalizada e como estas diferenças inerentes se relacionam diretamente com os principais desafios dos consumidores. A apresentação irá compartilhar exemplos de alavancas de transformação utilizadas para adaptar as fórmulas e tecnologias dos produtos para um cuidado do cabelo encaracolado. Além disso, iremos compartilhar a forma como as rotinas específicas de cuidados capilares têm impacto na saúde do couro cabeludo em indivíduos com cabelo encaracolado, realçando a necessidade de cuidados especializados.

09:35 - O efeito da torção da fibra no comportamento de fadiga do cabelo do tipo High Curl
Rebecca Lunn, Líder de Aplicações na Dia-Stron, Inglaterra
A quebra do cabelo é uma grande preocupação para os consumidores, em especial para os que têm cabelo do tipo muito encaracolado. Embora quimicamente semelhantes a outros tipos de cabelo, estas fibras são altamente onduladas e dobradas com uma secção transversal elíptica. A combinação desta forma de fibra e de práticas de escovagem extensivas leva à quebra do cabelo, o que é indesejável para o consumidor. Está documentado que a tensão de rutura e o esforço das fibras de origem africana são inferiores aos de outros tipos de cabelo. A quebra prematura das fibras capilares africanas, que ocorre exclusivamente no estado seco, com extensões frequentemente inferiores a 20%, é atribuída às falhas estruturais inerentes à torção da fibra ou às falhas produzidas pelos procedimentos de aliciamento. Foi proposto que se desenvolve uma propagação interna de fissuras no interior das fibras que resulta na sua rotura. As práticas diárias de escovagem expõem as fibras capilares da cabeça a diferentes quantidades de tensão a níveis muito inferiores aos necessários para quebrar as fibras. Com o tempo, isto leva a uma acumulação de tensão e eventual falha da fibra com origem em fissuras microscópicas e falhas que se propagam no interior da fibra capilar. Para estudar esta situação, pode ser aplicada uma tensão ou deformação repetida a fibras individuais até à fratura. Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente na utilização da análise de fadiga na indústria cosmética para estudar os efeitos das agressões e dos tratamentos na probabilidade de sobrevivência das fibras capilares. A trança é uma prática comum de cuidados de beleza em que seções de cabelo são entrelaçadas de forma apertada para obter o penteado desejado. Durante o processo, o cabelo é sujeito a uma multiplicidade de tensões de tração, flexão e torção. A torção de fibras capilares altamente elípticas, mesmo em níveis baixos de torção, produz danos cuticulares devido à compressão das escamas, que é suscetível de ocorrer como resultado da entrançadura do cabelo. Além disso, para libertar qualquer tensão de torção adicional no interior do cabelo, podem formar-se fissuras na subestrutura da fibra, o que leva a uma diminuição da resistência à fadiga do cabelo.  Para este estudo, iremos comparar os efeitos dos danos físicos e químicos na probabilidade de sobrevivência cíclica do cabelo do tipo “high curl”. Esta apresentação irá discutir a forma como a torção geométrica e os procedimentos de modelação que dobram e torcem o cabelo podem influenciar a quebra da fibra através de testes de fadiga.

10:00 - Especificidades estruturais da melanina em cabelos escuros
Gregoire Naudin, Engenheiro de Pesquisa da L'Oréal França

10:25 - Mesa Redanda 
Patricia Maia Campos, Professora Titular - Universidade de São Paulo na Universidade de São Paulo

11:00 - Encerramento

Programação dia 30/10 - Quarta-Feira, 09:00 às 11:00

09:00 - Abertura
Marina Kobayashi, Gerente de Inovação da ABIHPEC
Adelino Nakano, Líder Sênior de Projetos em Tecnologia de Coloração na L'Oréal França 

09:10 - Scalp Care: Desafios na investigação de Biopropriedades de Ingredientes Cosméticos e Oportunidades para potencializar a saúde do couro cabeludo
Adilson Marinheiro, R&I Engineer & Project Manager Hair Care na Syensqo França 
Serão abordados os desafios na investigação de biopropriedades como anti-inflamação e antioxidante em ingredientes cosméticos. E também as oportunidades relacionadas à saúde do couro cabeludo, com foco nas propriedades de materiais e métodos de avaliação.

09:35 - Microbioma do couro cabeludo: atualização e personalização
Leila Bloch, M.D., Ph.D., Diretora da Clínica Bloch e ProSkin
Nesta aula, será abordada uma atualização das últimas publicações sobre o microbioma do couro cabeludo, especificamente sobre possibilidade de uso terapêutico tanto via oral quanto tópico, na Alopecia Androgenética e Dermatite seborreica,  com tendência a personalização de tratamentos.

10:00 - Influência dos óleos de pequi e babaçu nas propriedades mecânicas dos cabelos lisos e cacheados
Letícia Kakuda, Doutoranda pela USP-Ribeirão Preto
Os cabelos, assim como a pele, estão expostos diariamente aos danos causados pelo expossoma, que inclui fatores como poluição, radiação solar, estresse e hábitos de vida. Esses fatores impactam diretamente a saúde e a aparência dos fios de cabelo, resultando em alterações na sua estrutura, resistência e penteabilidade. Considerando a diversidade de tipos de cabelo no Brasil, como lisos, ondulados e cacheados, é fundamental entender as características de cada tipo de cabelo como suporte para o desenvolvimento de formulações cosméticas mais específicas e inovadoras para a proteção e cuidados dos cabelos. Nesse contexto, considerando que a biodiversidade brasileira é rica em plantas com grande potencial para aplicação no desenvolvimento de formulações cosméticas, os óleos de pequi e babaçu, obtidos por processos sustentáveis, apresentam potencial para aplicação em formulações para os cuidados dos cabelos. Esses óleos são conhecidos por sua composição rica em ácidos graxos e antioxidantes, o que os torna ideais para nutrir e proteger os diferentes tipos de cabelos.A avaliação das propriedades mecânicas dos diferentes tipos de cabelos possibilita identificar como os óleos de babaçu e pequi influenciam na estrutura e propriedades mecânicas dos fios. Esses testes permitem observar as diferentes respostas de cabelos lisos e cacheados aos tratamentos, destacando a importância de personalizar as formulações para otimizar os resultados.  A análise dessas interações é fundamental para o desenvolvimento de produtos capilares que atendam às necessidades específicas dos consumidores, aproveitando os benefícios dos ingredientes naturais provenientes da biodiversidade brasileira.

10:25 - Mesa Redanda
Patricia Maia Campos, Professora Titular - Universidade de São Paulo na Universidade de São Paulo

11:00 - Encerramento